sexta-feira, 23 de julho de 2010

PELUSO RECONHECE DEFASAGEM SALARIAL

PELUSO RECONHECE DEFASAGEM SALARIAL

O servidor Antonio Melquíades, o Melqui, disse a Peluso que os argumentos do governo Lula de que não há recursos não se sustentam. Afirmou que o governo gastou só com juros e amortização da dívida pública R$ 381 bilhões em 2009 e no último período aumentou três vezes consecutivas a taxa de juros. “Só com os dois últimos aumentos dos juros, os gastos [extras] do governo passaram de R$ 29 bilhões. Se somarmos o que foi anunciado nesta quinta-feira, dia 22, ultrapassaram a casa dos R$ 40 bilhões, isso daria para pagar muitos PCS. Portanto, continuamos afirmando que há dinheiro, mas falta vontade política”, afirmou Melqui, que é dirigente da federação nacional e integra o Movimento Luta Fenajufe.
O ministro ouviu os argumentos e disse que, apesar de ser a primeira vez, enquanto presidente do STF, que recebia os servidores, estava empenhado pela aprovação do PL 6613. Para Peluso, os servidores estão muito “ansiosos” com o projeto, que, na visão dele, caminha como o combinado e deverá ser objeto de um acordo a ser firmado após as eleições. Não haveria, para ele, motivos para duvidar do governo.
O presidente do Supremo reconheceu a defasagem salarial da categoria, causa da alta rotatividade no Judiciário, e que, por isso, defende a aprovação do projeto. Peluso, entretanto, descartou uma nova reunião com o presidente Lula, conforme solicitado pelos servidores. Esse novo encontro, segundo relato anterior de Lewandowski aos sindicalistas, deveria acontecer em breve, o que não se confirmou.
Também participaram da reunião, pela Fenajufe, além de Melqui, o diretor Cledo Vieira e Roberto Policarpo (licenciado). Pelo STF estiveram presentes o juiz auxiliar da presidência, Fernando Florindo Marcondes, o diretor-geral, Alcides Diniz, o diretor de Recursos Humanos, Amarildo Vieira de Oliveira, e o secretário de Comunicação Social, Pedro Bel Pichaia. A audiência com o presidente do STF ocorreu logo após os servidores terem solicitado ao presidente do TSE que intermediasse o encontro.

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