sábado, 8 de outubro de 2011

Grupo contrário ao PCS é usado por jornal para atacar a categoria - Confira a nota da Fenajufe sobrea a matéria - Fonte Fenajufe

Confira nota da Fenajufe a respeito da matéria do Estadão da última terça-feira

por Imprensa

BRASÍLIA – 07/10/11

A Fenajufe publica a nota que segue abaixo, em que responde à matéria publicada pelo jornal Estado de São Paulo, na edição de quarta-feira [05], intitulada “Quadro de servidores do Judiciário com supersalário pode crescer 840%”. Confira.


Grupo contrário ao PCS é usado por jornal para atacar a categoria


Mais uma vez a imprensa dissemina notícias falseadas com o objetivo de desgastar nosso reajuste. Até aí nenhuma novidade. Quem acompanha a história de conquistas de nossa categoria, ao longo dos quase 20 anos de história da Fenajufe, bem sabe as verdadeiras campanhas, orquestradas pelos governos, que tivemos que enfrentar para ver aprovados os projetos que trouxeram valorizações para nossa categoria. Ora se confrontando com setores conservadores da magistratura e Ministério Público, ora exigindo da cúpula do Judiciário Federal e MPU uma postura firme em nossa defesa. Noutras desmistificando as grosseiras notícias veiculadas nos jornais que nada mais faziam senão atender a política de arrocho ao funcionalismo, gestada pelas áreas econômicas dos governos. E para tudo isso ser possível, em meio ao debate, à contenda ideológica, conseguimos encontrar o equilíbrio - entre as diversas matizes políticas que compõem o espectro de nossa organização sindical - para construir a unidade necessária e fundir a robustez de nosso movimento.

Contudo, o que vemos agora, são setores da categoria, organizados em grupos anti-sindicais, que mesmo derrotados em nossas instâncias, continuam a fazer um trabalho sub-reptício de tentar minar o árduo trabalho que tem sido feito pela Fenajufe e seus sindicatos filiados, junto a parlamentares, a setores do governo sensíveis a nosso pleito, além, obviamente, das gestões juntos às autoridades do Poder Judiciário e MPU. Os resultados da ação desses grupos anti-sindicais é o que podemos ver na notícia veiculada pelo jornal Estado de São Paulo, um veículo conservador, que tem uma postura ostensiva contra o servidor público e ajuda a disseminar na nossa sociedade o mito fantasioso e pejorativo do trabalhador que tem o Estado como patrão.

Na tentativa desastrosa de fazer preponderar um modelo remuneratório, calcado em um sofisma moralizador, que busca usurpar coisas basilares do trabalhador do setor público como direito à hora-extra, tendo como contrapartida uma suposta vantagem salarial, com uma tabela criada em gabinete, esses grupos se colocam no papel de inocente útil ao prestar declarações que reforçam a ideia que o governo tenta emplacar: que na verdade os servidores do Judiciário e MPU já são muito bem remunerados e que não carecem de reajuste. A matéria, ao explorar de forma sensacionalista as contradições salariais de uma parcela infinitesimal da categoria frente ao mais de 100 mil servidores, faz crer ao leitor que não há necessidade de reajuste e faz com que parlamentares desde já comecem a querer rever o percentual sugerido pelos projetos. Uma leitura crítica do texto revela o que parece ser uma grande pantomima: um grupo da categoria manifesta rejeição aos projetos que tramitam na CFT; o governo concorda com esse grupo; parlamentares concordam com o governo; um jornal conservador noticia tudo e coloca a sociedade contra a categoria. O intento disso é obviamente não conceder reajuste ou, no mínimo, rebaixar a proposta.

É fácil notar isso, só não para os grupos que acreditam que assim emplacarão seu conceito de reajuste por subsídio. Se a resposta para as dificuldades ora encontradas para a aprovação de nosso reajuste fosse tão hermética e simplória quando difundem as análises rasas em torno do modelo de subsídio, os servidores do MPU já estariam comemorando a aprovação do projeto 2199/11.

Estamos atravessando um momento decisivo na luta de nosso projeto. A CFT começa a demonstrar exaustão frente à pressão diuturna feita pela categoria por meio dos sindicatos filiados à Fenajufe. O STF assumiu o protagonismo que a Fenajufe sempre esperou daquela Corte. Novas greves começam a ganhar volume pelo país. Lideranças do Congresso e parlamentares que atuam na relatoria do Orçamento começam a defender que não é possível não se discutir o reajuste dos servidores. E é exatamente nesse contexto, que prenuncia que temos condições de alcançar nossa vitória, que esses grupos anti-sindicais dão seu quinhão aos argumentos governistas de reajuste zero e prestam um desserviço a nossa categoria, ao serem manietados por uma reportagem sensacionalista de um jornal que sempre foi conservador e defensor de um estado mínimo e que secundariza a importância do servidor público.

Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do MPU
Fenajufe

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