domingo, 6 de novembro de 2011

Oficial de Justiça cumpre mandado e Uniandrade perde posse de prédio - Fonte Gazeta de Maringá

Uniandrade perde posse de prédio, que ficará lacrado

Imóvel é usado para quitar dívida depois de determinação do Tribunal de Justiça

O Centro Universitário Campos de Andrade (Uniandrade) perdeu a posse do prédio administrativo da instituição, no bairro Santa Quitéria em Curitiba, nesta sexta-feira (28). Um oficial de Justiça cumpriu o mandado de reintegração de posse determinado pela 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) no último dia 19 e divulgado no início desta semana. O prédio passa a pertencer a Rodobens Consórcio, empresa que financiou a construção do imóvel para quitar uma dívida estimada em cerca de R$ 16,5 milhões (valores atuais).

Uniandrade pode perder sede administrativa para pagar dívida

O prédio permanecerá lacrado. Dez seguranças contratados pela Rodobens farão a vigilância do local 24 horas por dia e a chave ficará sob a responsabilidade do oficial de Justiça. O campus da Uniandrade no bairro Santa Quitéria tem dois prédios. O que foi repassado a Rodobens é o menor deles, chamado de Palácio Educacional Amelia Augusta Campos de Andrade. O outro prédio do campus não estaria envolvido na ação.
O capitão da Polícia Militar do Paraná (PM-PR), Lizanil Miguel, disse que o cumprimento foi executado de forma tranqüila. “Foi um mandado pacífico, não houve conflito de qualquer espécie.”

Na semana que vem, será realizado um levantamento pela Justiça para detalhar os bens e móveis pertencentes à Uniandrade que estão dentro do prédio e que serão devolvidos a instituição, segundo o advogado do consórcio, Murilo Varasquim. “Eles serão encaminhados para um local que eles (a Uniandrade) escolherem ou levado a um depositário público.” Varasquim disse que ainda não está certo o que a Rodobens fará com o imóvel. “É muito prematuro. Não tem um posicionamento definido.”

Não há informações e os alunos da Uniandrade podem ser prejudicados pela perda do imóvel. Os advogados da instituição, que acompanhavam a reintegração, disseram que foram orientados a não comentar o assunto com a imprensa. Porém, funcionários falaram que ocorriam aulas no prédio, onde funciona ainda uma biblioteca, um anfiteatro, o setor administrativo e eram executados projetos de extensão da instituição a crianças atendidas por projetos sociais.

O oficial de Justiça teria tentado cumprir o mandado na noite desta quinta-feira (27), segundo informações dadas no local. Porém, os funcionários teriam impedido o cumprimento por ter alunos em aula no prédio naquele momento.

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