Polícia leva coleção de estilista após desfile na SPFW
SÃO PAULO
- Num dia de desfiles mornos e poucas celebridades, a São Paulo Fashion Week (SPFW) foi sacudida por um caso de polícia. Por volta das 16 horas de ontem, um oficial de Justiça e seis policiais militares entraram no camarim do estilista Lorenzo Merlino. Traziam um mandado de busca e apreensão de mercadorias expedido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo. Só depois de 40 minutos de discussão e da intervenção de Paulo Borges, diretor do evento, é que as modelos de Merlino puderam pisar na passarela.Após mais de três horas de incertezas, agentes da Polícia Federal saíram do prédio da Bienal carregando seis caixas de papelão. A informação, confirmada pela oficial de Justiça Isabel Esther de Oliveira Costa, do TRT, era de que toda a coleção de 2008 havia sido confiscada para garantir o pagamento de dívidas trabalhistas. Segundo ela, a blitz foi resultado de uma ação movida em 2002 por um funcionário de um salão de beleza, do qual Merlino seria sócio. Isso não quer dizer que ele é desonesto, ponderou. A oficial de Justiça também fez questão de dizer que a ida da força-tarefa à SPFW não teve intenção de constranger o estilista. Tentamos encontrá-lo diversas vezes e, como não conseguíamos, viemos até aqui. Um dos advogados de Merlino, Remo Bataglia, admitiu que seu cliente responde a um processo trabalhista. Na data da ação, os pais de Merlino eram sócios do L Equipe, salão de beleza que funcionava nos Jardins. Segundo a assessoria do estilista, a dívida contestada na Justiça gira em torno de R$ 80 mil. Merlino deixou o prédio de Bienal pela escada de incêndio e não deu declarações sobre o episódio. Para completar, seu desfile foi considerado um dos piores da temporada - recebeu nota 5 no Júri Estado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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