| MP FAZ 'DEVASSA' NA PREFEITURA DE SB | ||||||||
| Patricia Vieitez | Ângela Pessoa - editornet@liberal.com.br | ||||||||
Santa Bárbara - Por volta das 10 horas de ontem, o MP (Ministério Público) de Santa Bárbara d'Oeste iniciou uma "devassa" nas secretarias da Prefeitura e fez uma varredura principalmente nos setores de Administração e Fazenda. Foram apreendidos HDs, mídias e processos, além de feitas cópias em CDs de arquivos municipais. A secretária de Administração, Ana Leone Paiva ficou retida no paço das 9h30 até as 18h20, acompanhando o trabalho dos promotores e prestando as informações solicitadas. Foram apreendidos documentos a partir de 2007, segundo ela. A Promotoria Pública não quis se pronunciar ontem. As investigações vão prosseguir. Com mandado de busca e apreensão, os promotores Hélio Jorge Gonçalves de Carvalho e Alexandra Facciolli Martins lideraram a operação com a presença de aproximadamente 20 oficiais de Justiça. Segundo informações de Ana Leone, estavam sendo fiscalizadas licitações, compras e contratos. A informação extraoficial é que a Promotoria teria recebido denúncias sobre irregularidades na Prefeitura. De acordo com as informações de servidores, os oficiais vistoriaram as secretarias de Fazenda, de Luis José Sartori; Obras e Serviços, comandada por Celso Cresta; Administração, que está sob controle de Ana Leone, e de Governo, cujo titular é Gilmar Margato. O MP buscou documentos e fez cópias em mídias do conteúdo dos computadores. Enquanto a busca era realizada, os funcionários municipais tiveram que esperar sem fazer absolutamente nada. Todos precisaram entregar celulares, iPods, pendrives e todo tipo de equipamento eletrônico de uso pessoal. Na Secretaria de Obras e Serviços, a reportagem do LIBERAL observou que os servidores ficaram sentados na recepção, aguardando a realização do trabalho do MP. SEGURANÇA A PM (Polícia Militar) garantiu a segurança, a pedido do Ministério Público, mantendo um policial ao lado do promotor e outros PMs nas secretarias que foram alvos da ação. Duas viaturas ficaram de prontidão em frente ao Paço Municipal. Também houve movimentação intensa de guardas civis municipais e o público não podia circular no prédio. O prefeito Mário Heins (PDT) chegou a ser visto no prédio, mas acabou fazendo uma declaração sobre o fato durante a inauguração de uma cooperativa de costureiras na Vila Godoy. "Isso (a ação do MP) se deve àquele disse-me-disse do ex-diretor superintendente do DAE, João Giovanetti, mas que em nenhum momento assinou documento algum", apontou, referindo-se à denúncia que Giovanetti fez na Tribuna da Câmara, em agosto deste ano, afirmando que havia falhas nos balancetes contábeis da Secretaria Municipal da Fazenda. "Apesar de não ter assinado nada, aquilo causou uma certa repercussão e as autoridades julgaram necessário esclarecer o assunto e estão lá para esclarecer. Está tudo aberto, à disposição da Justiça", garantiu Heins. Às 16h54 de ontem, a assessoria de imprensa da Prefeitura enviou uma nota oficial informando que a Prefeitura está colaborando com o trabalho da Justiça. "A Administração informa que os secretários municipais estão no Paço municipal atendendo todas as solicitações dos representantes do Ministério Público". O Executivo só se pronunciará oficialmente após a conclusão dos trabalhos. O promotor público deixou o prédio e foi até o Fórum, retornando por volta das 19 horas, com um oficial de Justiça, na Prefeitura, onde permaneceu mais algum tempo. | ||||||||
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