sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Oficial de Justiça é encontrado morto após 48 horas na periferia de Cuiabá - Fonte Olhardireto

Oficial de Justiça é encontrado morto após 48 horas na periferia de Cuiabá

De Brasília - Marcos Coutinho/Da Redação - Alline Marques
O corpo de um oficial de Justiça, que teria morrido no domingo (2) à noite, foi encontrado entre o final da tarde e o começo da noite em sua residência num bairro periférico de Cuiabá.

Pior, o corpo estaria simplesmente abandonado há várias horas na residência do servidor, localizada no bairro Jardim Pádova, na divisa do Nova Conquista, segundo informaram seus colegas de trabalho, por telefone, há pouco, para a reportagem do Olhar Direto.

"O defunto já está fedendo e até agora ninguém apareceu", testemunharam outros colegas do oficial.

Conforme informou o tesoureiro da Associação dos Oficiais de Justiça de Mato Grosso, Lourenço Nunes Siqueira, o oficial de justiça Manoel Francisco teria trabalhado normalmente no domingo, mas não compareceu ao trabalho ontem e hoje, fato que chamou a atenção dos demais companheiros de trabalho.

Em seguida, os oficiais foram até a residência de Manoel Francisco e, como ninguém atendeu a porta, pularam o muro e conseguiram visualizar o corpo caído na sala da casa. A polícia foi acionada há cerca de 3 horas e até o momento a equipe da Politec não chegou ao local.

"É um absurdo o que está ocorrendo aqui. Estamos em mais de 20 oficiais aqui e a Polícia Militar está guardando a casa, mas a Polícia Técnica ainda não chegou. É algo lamentável", afirmou um dos oficiais ouvidos pela equipe de plantão do OD.

O oficial deixa duas filhas. "Uma delas está aqui na porta, chorando. E a outra estamos tentando localizar", declarou uma segunda fonte. Manoel trabalhava como oficial de justiça há 26 anos.

A Policia Militar controla a situação, mas os oficiais estão revoltados com o descaso da perícia. "Já era para eles (os peritos) estarem aqui há muito tempo. Essa é nossa indignação. Isso não pode ocorrer com nenhum cidadão", ponderou uma oficial, sem esconder "sua revolta pessoal". 

"Não quero nem criticar os peritos ou a Politec, mas não posso deixar de criticar a falta de estrutura para que a perícia atue com a rapidez necessária e de modo eficiente", pondera a mesma oficial.

No final da noite, segundo algumas testemunhas, a porta da residência foi arrombada que os peritos entrassem e avaliassem o tétrito cenário. A televisão ainda estaria ligada e o corpo oficial foi encontrado "preto da cintura para cima". Ele bebia uma cerveja no momento de um suposto infarto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário