sábado, 1 de janeiro de 2011

Polícia tenta localizar oficial de justiça e advogada que ordenaram execução macabra em São Carlos - Fonte Noticentro

Polícia tenta localizar oficial de justiça e advogada que ordenaram execução macabra em São Carlos


A advogada e ex-estudante de letras Anelize Matteoci Loperlongo, 29, e sua mãe, a oficial de Justiça aposentada Maria Elizabeth Metteoci, 60, ainda continuam sendo procuradas em todo país pela Polícia Civil de São Carlos.


As duas com mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça Criminal são acusadas de serem as mandantes do assassinato do manobrista de carros paulistano Ricardo Luis Antunes da Silva, 23, que durante o namoro que era marcado pelo chat line (sala de bate-papo) através do telefone, o rapaz veio à São Carlos onde foi emboscado, raptado e levado para área rural da cidade, quando sofreu várias agressões, recebeu tiros e teve 70% do corpo incendiado. Mesmo todo machucado, o manobrista ainda procurou ajuda, mas mesmo internado por mais de 30 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa veio a falecer no Dia das Mães do ano de 2.006.


Anelize veio estudar em uma faculdade em São Carlos, onde passou a morar com a mãe que teria contratado três rapazes para dar uma surra no guardador de carros, porém aceitando a proposta eles provocaram a morte de Ricardo Luis em troco de dinheiro.


DESMEMBRAMENTO


Com o processo desmembrado pela 1ª Vara Criminal de São Carlos, dois dos três réus acabaram condenados durante Júri popular realizado em 2008. O terceiro que havia impetrado recurso ao Tribunal de Justiça (TJ), foi levado a júri popular em 2009 e também acabou condenado pela participação na empreitada macabra que terminou com a morte do manobrista de carros Ricardo Luis Antunes da Silva.


Passados 4 anos e 8 meses, Anelize e sua mãe que residiram na região do bairro Santa Felícia em São Carlos, ainda continuam foragidas e assim que presas devem também sentar nos bancos dos réus para o terceiro julgamento do bárbaro crime.


O intrigante caso ainda em aberto na Justiça Criminal de São Carlos é um dos desafios para a Polícia Civil que continua trabalhando a fim de localizar mãe e filha que em 2011, poderão ser levadas ao banco dos réus na última seção de julgamentos que cercam este intrigante caso.


CRIME


Segundo o processo que foi investigado e concluído pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), era a advogada e ex-estudante de letras Análize que no dia 3 de abril de 2.006, estaria acompanhando Ricardo Luis, quando ele foi abordado e raptado por Daniel Silva, 37, André Luis Salvo, 32, e Leandro Lopes de Paula, 22, no largo São Benedito, localizado no cruzamento das Ruas General Osório e Nove de Julho, em pleno centro comercial de São Carlos.


CHAT LINE


O relacionamento de Anelize com o manobrista Ricardo Luis começou após os dois se conhecerem em um chat line (sala de bate-papo) através do telefone.
O manobrista, a pedido da estudante, teria vindo a São Carlos, onde ficou por cinco dias hospedado com ela em hotéis da cidade.
Durante aquela semana em que o manobrista e a estudante estiveram juntos na cidade, a mãe dela, a oficial de justiça aposentada Maria Elizabeth Matteoci, teria ficado preocupada com o relacionamento da filha com o paulistano e teria pedido ajuda ao filho que também reside na capital.
Devido ter uma namorada na capital, a qual também esteve em São Carlos, o relacionamento da estudante com Ricardo Luis, teria acabado.


EMPREITADA MACABRA


Enciumada, Anelize teria inventado à mãe que havia ela sido violentada sexualmente pelo manobrista. A partir daí as duas teriam se unido e ao invés de procurarem a polícia para denunciar a história, resolveram procurar um conhecido da família, o qual deveria contratar dois amigos para aplicar um corretivo no paulistano.


Para empreitada, Daniel, André e Leandro se uniram para aplicar um corretivo (surra) no manobrista Ricardo Luis, porém o plano foi mudado e a partir de então eles planejavam na verdade executar o paulistano. O novo rumo do plano teria sido aceito por Anelize e sua mãe, que ofereceram pela morte de Ricardo Luis, a quantia de R$ 5.000,00.


RAPTO


Com todo um esquema já arquitetado, Anelize ligou a Ricardo Luis no dia seguinte, 3 de abril de 2.006 e fez com que o mesmo regressasse a São Carlos para um novo encontro.


Convencido, o manobrista veio a São Carlos e ao se encontrar com Análise no largo da igreja de São Benedito, onde ela o aguardava em seu veículo, o Fiat Marea, 2001, vermelho, placas CZI 3702 – São Carlos, o rapaz foi raptado pelo trio e levado à área rural da cidade e em um canavial da Fazenda Engenho Velho, local este já pré-escolhido por André, que já tinha conhecimento do local, pois teria parentes naquela região. Já no início da madrugada do dia 4 de abril, Ricardo Luis foi violentamente agredido e posteriormente um dos três rapazes com uma pistola semi-automática, calibre 22, desferiu-lhe três tiros, que atingiram um de seus braços, tórax e um terceiro na cabeça.


Imaginando que teriam o matado, os três ainda apanharam um litro de álcool que haviam levado, jogaram sobre o corpo do manobrista e atearam fogo. Em chamas, Ricardo Luis correu do canavial para uma estrada de terra, onde foi novamente seguro, arrastado e atropelado pelo carro.


Mesmo gravemente ferido e queimado, o manobrista conseguiu se fingir de morto e só após todos foram embora no Fiat Marea. Minutos após, já sem as roupas que queimaram sobre seu corpo, Ricardo Luis saiu cambaleando e foi a uma moradia da fazenda, onde um homem o socorreu ao Plantão da Polícia Civil em vila Santa Helena, e antes de ser ouvido foi levado urgentemente por uma viatura da PM para o SMU da Santa Casa, onde tendo seu quadro agravado devido aos ferimentos e queimaduras, entrou em coma, sendo internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde esteve até o início da manhã do dia das mães, quando não suportando os ferimentos veio a falecer.


ÚLTIMO JULGAMENTO


O delegado Edmundo Ferreira Gomes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos diz que com a morte de Ricardo Luis, a advogada e estudante de letras Anelize Matteoci Loperlongo, 29 e sua mãe, a oficial de Justiça aposentada Maria Elizabeth Metteoci, 60, desapareceram da cidade e até hoje estão com prisão preventiva decretada pela Justiça Criminal, sendo procuradas em todo país. A partir de novembro de 2.010, a Polícia Civil de São Carlos passou a intensificar as investigações que contam com bloqueio de pensões e buscas de documentação que comprovam a permanência de mãe e filha no Estado de São Paulo, as quais chegaram a ser dadas como foragidas do país.


Assim que presas, as duas deverão ser encaminhadas ao banco dos réus no Fórum Criminal em São Carlos, para ser levadas ao terceiro e último julgamento sobre o bárbaro crime.

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