O novo presidente da Ajufer (Associação dos Juízes Federais da 1ª Região), juiz Roberto Carvalho Veloso, reconheceu em discurso de posse, em dezembro, a fraude que desviou recursos de associados e da entidade durante a gestão anterior.“Nossa principal tarefa será a defesa das vítimas do esquema reconhecidamente fraudulento”, disse Veloso.Ele foi diretor na gestão anterior e alegou que “foram realizados negócios de centenas de milhares de reais sem consulta à diretoria”.Em novembro, a Folha revelou que ao menos 235 juízes tiveram seus nomes usados em empréstimos fictícios firmados pela Ajufer com a Associação de Poupança e Empréstimo (Poupex), instituição vinculada à Fundação Habitacional do Exército.A associação de juízes acumulou uma dívida de R$ 23 milhões com a Poupex e é alvo de cobrança na Justiça.“Não manteremos em nossos quadros aqueles que contribuíram para enodoar nossa carreira”, disse Veloso.“Se alguns se beneficiaram, estes pagarão com os seus patrimônios o débito contraído”. “A Ajufer não dispenderá um único centavo para pagamento de dinheiro desviado”, disse.
Ele confirmou que os recursos transitavam por um caixa dois.Sediada em Brasília, a Ajufer é a segunda maior entidade de juízes federais. A 1ª região tem 376 magistrados.As irregularidades vieram à tona durante a campanha eleitoral na entidade, levando o então presidente, juiz federal Moacir Ferreira Ramos, a renunciar à presidência e à disputa. Ele sustentou que jamais foi favorecido.Ramos foi afastado das funções de juiz. O CNJ abriu processo administrativo. Em dezembro, o ministro Marco Aurélio, do STF, em liminar, suspendeu seu afastamento.Fonte: Frederico Vasconcelos – Folha de São Paulo, 14/01/2011
Ele confirmou que os recursos transitavam por um caixa dois.
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