As certidões dos Oficiais de Justiça transcritas neste blog, por razões de segurança serão reproduzidas sem dados que possam identificar ou embaraçar aqueles que foram alvos da diligência, principalmente os dados do (a) Oficial (a) de Justiça, já que nesses dias negros nossa classe se tornou o alvo preferencial da violência que assola toda a sociedade.
Os Oficiais que desejarem constar no espaço seus percalços, violência sofrida e demais agruras, por favor remetam cópia das suas certidões para o email "aojustra@gmail.com".
A DIRETORIA DA AOJUSTRA
Observação - Nem sempre reproduziremos certidões, os casos verdadeiros narrados com outra forma tambem são bem vindos e demonstram o nosso dia a dia.
XXª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO
Processo nº XXXX/XX
Mandado nº XXXX/XX
Reclamante: XXXX Silva
Reclamado: XXXX Comércio de Cd do Brasil Ltda - Epp
Sócia Sra. XXXX Oliveira.
Endereço: Rua XXXX, 75 - CASA 56 - Centro
Cidade: SÃO PAULO/SP
CEP - XXXXX/XXX
CERTIDÃO DO OFICIAL DE JUSTIÇA
Certifico e dou fé que me dirigi ao endereço supra em 26/05/20XX à 17:30 horas e aí deixei de proceder à citação pois esta casa 56, um grande sobrado de azulejos brancos e todo gradeado como uma prisão, localizado em uma pequena e sinuosa vilinha com dezenas de casinhas, encontrava-se herméticamente fechado.
Deixei um "Auto de Diligência" sob a porta do mesmo. Junto original.
Retornei em 29/05/2009 às 08:30 horas e o mesmo encontrava-se fechado.
Retornei em 02/06/2009 às 18:00 horas e o mesmo encontrava-se ainda fechado.
Como não tive qualquer retorno em meu celular retornei hoje, sábado, 06/06/2009 às 19:30 horas e encontrei o mesmo novamnte fechado.
Um grande grupo de jovens que se encontrava na frente da entrada da vilinha, todos descaradamente fumando baseados de maconha, pois este local é o coração da Cracolândia Paulistana, vendo-me quiseram saber o que eu procurava.
Não me identifiquei como Oficial de Justiçaa por motivos óvios mas disse que procurava a Sra. XXXX da casa 56.
Disseram-me que não havia qualquer mulher com esse nome na casa.
Que a mesma é uma "moradia coletiva", um "cortiço" onde residem bolivianos que trabalham na região.
Que não atendem ninguem.
"Que são assim mesmo".
Agradeci e imediatamente retirei-me desse sinistro local, não sem a suspeita e a ironia estampada no rosto dos descontraídos jovens.
Diante do exposto, devolvo-o e submeto à apreciação de V. Exa.
SÃO PAULO, sábado, 06/06/20XX - 19:30 horas.
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Oficial de Justiça Avaliador Federal
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