'Vítima' entra na Justiça contra apreensão de carro
Edmundo Pacheco
Eduardo Coelho foi uma das "vítimas" dos localizadores. Desempregado, Coelho vinha vivendo de bicos e deixou atrasar as prestações de um Golf, ano 2003, adquirido 8 meses antes. Um dia, ao sair de casa após o almoço, não encontrou o carro.
"Depois de uns 10 minutos de busca, já desesperado, achando que havia sido roubado, fiquei sabendo que um oficial de Justiça havia estado no prédio e feito a apreensão. Fiquei indignado porque levaram o carro sem falar comigo", disse.
Coelho, que já está com outro carro financiado, move uma ação contra o banco financiador, pedindo a devolução das diferenças de valores pagos.
"Na primeira audiência ninguém do banco apareceu. Vou receber R$ 12 mil", comemora, explicando que o novo carro foi financiado no nome da sogra e as prestações estão em dia. "Não vou mais deixar atrasar. Perder o outro foi um trauma."
Segundo explicou a advogada Leilla Lopes, esse tipo de apreensão é legal e ocorre com frequência. "O localizador encontra o carro e chama o oficial de Justiça. O oficial tenta encontrar o proprietário, mas se não achar, chama o guincho e leva para o pátio", explica.
Segundo a advogada, a apreensão é feita mesmo sem a presença do proprietário porque muitos se escondem, para tentar evitar a apreensão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário