domingo, 12 de setembro de 2010

Despejo equivocado- Fone site Espaço Vital


Despejo equivocado

A surpresa do magistrado quando, recebeu à porta de sua residência, o oficial de justiça que vinha fazer um despejo por falta de pagamento...

Determinado juiz assinou ordem de despejo por falta de pagamento, no tempo em que os mandados eram expedidos manualmente. O oficial de justiça encarregado de executar a ordem, recém chegado à capital, não conhecia o magistrado da vara em que estava lotado. Partiu para cumprir o mandado, e ao bater na porta, foi atendido por um senhor de meia-idade, bem vestido, a quem disse:

- Bom dia, vim cumprir um mandado de despejo e estou com o caminhão para efetivar a medida e respectivos homens da empresa transportadora, e espero que o senhor não oponha resistência, evitando-me ter que a recorrer à força pública.

O dono do imóvel, perplexo disse-lhe que deveria estar havendo algum grande equívoco, "pois eu sou juiz de Direito e este apartamento é meu e não devo nada para ninguém".

Ao olhar o mandado respectivo, o juiz deparou-se com a sua própria assinatura, ordenando o despejo compulsório. O magistrado contactou, de forma imediata, com o cartório de sua vara cível.

Corre aqui, procura ali, localizados os autos, verificou-se que o mandado fora preenchido com um dado errado: a rua certa, porém o número do prédio e do apartamento erradamente. O equívoco fora do próprio magistrado que morando na mesma rua, colocara na ordem de despejo, de próprio punho seu endereço residencial. Obviamente, o despejo equivocado foi suspenso. O despejo certo ficou para o dia seguinte.

(Das memórias de Sérgio Araújo, ex-escrivão da 7ª Vara Cível de Porto Alegre)

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