sexta-feira, 1 de julho de 2011

Despejo gera protesto na Augusto Montenegro - O oficial de justiça Cláudio Siqueira afirmou que o ato era legítimo - Fonte Diário do Pará.com.br

Despejo gera protesto na Augusto Montenegro - O oficial de justiça Cláudio Siqueira afirmou que o ato era legítimo.


Pneus e paus pegando fogo fechavam uma das pistas da rodovia Augusto Montenegro. Dentro do conjunto Orlando Lobato, os policiais enfileirados para uma batalha. Do outro lado, a população revoltada com mais um despejo de um morador. Em algumas das principais ruas, mais barricadas na tentativa de impedir que os policiais chegassem até a casa onde a família tinha que ser retirada.

Esse era o cenário de desespero e da tentativa de se solidarizar com a família de sete pessoas que estava sendo despejada. “Já moro aqui há 10 anos. E essa é uma situação muito constrangedora. Eles entraram na minha casa de forma arbitrária, arrombando o portão e a porta. Me sinto humilhado”, contou o autônomo e proprietário do imóvel, Mauro Silva, que assistia da frente da sua casa a retirada dos seus imóveis, que foram colocados em um caminhão-baú.

No conjunto existem 400 casas - 260 delas estão em negociação com a Caixa Econômica e 30 já estão com ação de despejo. O advogado do Fórum da Moradia, Marcus Fidelis, afirma que recorrerá à Justiça Federal para que seja feita a reintegração de posse ao atual proprietário. “Os meus clientes já estão tentando negociar há anos. Mas a Caixa não quer aceitar que eles comprem alegando que recebem mais de quatro mil reais. E por isso algumas das casas já foram encaminhadas para leilão”.

Outro morador que também se encontra na mesma situação denuncia um esquema de fraude dentro da Caixa. “Eles (Caixa) alegam que não podemos financiar mais de uma casa. Em compensação, permitem que especuladores comprem de duas a três casas. E não dão a possibilidade dos próprios moradores quitarem a dívida”, ataca o morador Wellington Monteiro. Ele ainda alega que a Caixa facilita, diminuindo o valor, para que outras pessoas comprem o imóvel.

A ordem de despejo foi pedida pelo novo proprietário e expedida pelo juiz da 6ª vara cível da capital, Mairton Carneiro, e foi cumprida de forma pacífica. O oficial de justiça Cláudio Siqueira afirmou que o ato era legítimo.

O DIÁRIO tentou contato com a Caixa, mas não conseguiu falar com ninguém. (Diário do Pará)

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