A unidade, o respeito e a valorização da categoria para superar os seus reais obstáculos:
A resistência do governo e a inércia do Judiciário e do MPU
A diretoria da Fenajufe, composta por dezessete integrantes de diferentes e divergentes forças políticas, eleitos proporcionalmente em função dos votos obtidos pelas quatro chapas que se inscreveram no último Congrejufe (2010), vêm fazer esclarecimentos necessários para desmistificar várias inverdades publicadas pelo movimento pró-subsídio e outras entidades que não representam o conjunto dos servidores do Judiciário Federal e MPU:
Em primeiro lugar, queremos afirmar que as matérias publicadas na página da Fenajufe refletem, sejam positivas ou negativas, a realidade dos fatos e as posições defendidas pela federação em seus fóruns e nas reuniões que participamos. A Fenajufe tem por orientação não divulgar matérias que criem falsas expectativas, que sejam utilizadas para desmobilizar a luta dos servidores pelos seus direitos e salários ou desmantelar movimentos de greve por conta de meras manifestações de integrantes das administrações ou de representantes dos governos. Independente desta postura responsável, registramos de forma veemente e consensual: em nenhum momento foi apresentada à Fenajufe pelo Judiciário, MPU ou pelo governo proposta oficial de revisão salarial no formato de subsídio ou qualquer outra forma de remuneração.
Reafirmamos, conforme aprovado na plenária da nossa entidade nacional, realizada em junho passado, que qualquer proposta oficial que seja oriunda de negociação do governo e do Judiciário, a qual seja apresentada à Fenajufe, será divulgada e submetida à apreciação das instâncias de nossa categoria. É importante ressaltar que essa mesma plenária contou com a participação de representantes do movimento pró-subsídio, eleitos democraticamente nas assembleias de seus sindicatos. Os delegados representantes do grupo em questão, que nos acusa erroneamente de desrespeitarmos a vontade da base, apresentaram proposta de resolução, que foi rejeitada pela maioria da plenária. Cabe a eles agora respeitar a decisão da categoria, definida democraticamente no fórum nacional de caráter deliberativo.
Ressaltamos que os reais adversários da categoria nestes mais de dois anos de luta pela aprovação dos projetos de revisão salarial são o governo, que mantém a política de congelamento salarial, e o Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria Geral da República, que se mantêm inertes e se submetem a essa política.
Atitudes desagregadoras, espalhadas principalmente pelo movimento pró-subsídio, não contribuem, mas prejudicam e podem comprometer, em parceria com a resistência do governo e a inércia do Judiciário e do MPU, a conquista da revisão salarial, derrotando todos os servidores. O governo e o próprio Legislativo utilizam e estimulam esta divisão como um trunfo para não conceder qualquer reajuste salarial, independente do seu formato, aos servidores do Judiciário Federal e MPU.
Desde 2008, quando iniciamos os debates sobre Carreira, a Fenajufe se pauta pelo respeito às decisões dos fóruns legítimos da categoria. Os ataques constantes às organizações sindicais veiculados por parte do movimento pró-subsídio, por meio de vários textos e expressões como “sindicanalhas”, além de várias inverdades espalhadas, mostram um desrespeito com as lutas e ações empenhadas durante vários anos pelos sindicatos e federação. É desconhecer a história de lutas e conquistas de uma categoria que sempre lutou pela manutenção e ampliação de direitos, enfrentando o autoritarismo de governos e administrações de tribunais.
Nossas entidades são patrimônio dos servidores, construído com muita luta e resistência. A falta de compromisso com essas instituições demonstra o caráter isolacionista, corporativo e divisionista deste movimento e de outras entidades que se norteiam pela mesma postura. Além de tudo, matérias divulgadas pelo movimento pró-subsídio fazem ataques a direitos da categoria, usam de informações distorcidas ou isoladas, de forma similar à tática de desgaste adotada por governos, quando estes têm por objetivo retirar direitos dos servidores. Acabam fazendo o papel de “laranjas” do governo que não quer conceder reajuste nenhum para os servidores.
Reafirmamos a luta pela valorização da carreira, direitos e salários de nossa categoria. Além da luta pela revisão salarial, sabemos que muitas outras ainda virão e devemos ter sempre a defesa firme e permanente dos servidores e serviços públicos frente a ataques por parte de administrações e governos como, por exemplo, os que tratam do congelamento salarial, demissão por insuficiência de desempenho e privatização da Previdência.
A unidade da categoria é nosso maior trunfo. Só ela, independente das dificuldades que surjam e que não são pequenas no atual PCS, é que pode garantir o que tanto almejamos: a conquista da revisão salarial no próximo período.
Este documento expressa a posição dos dirigentes sindicais que compõem a Executiva da Fenajufe, conforme segue com indicação do respectivo estado de origem:
Assina
Diretoria Executiva, como segue:
Ramiro Santana Moreno López – Sintrajufe-RS
José Carlos Pinto de Oliveira – Sintrajufe-RS
Saulo Costa Arcangeli – Sintrajufe-MA
Cledo de Oliveira Vieira – Sindjus-DF
Gérner Márcio Gomes de Matos – Sinsjustra-RO
Jean Paulo Loiola Lima – Sindjus-DF
Pedro Aparecido de Souza – Sindijufe-MT
Valter Nogueira Alves – Sisejufe-RJ
Antônio dos Anjos Melquíades – Sintrajud-SP
Evilásio da Silva Dantas – Sindjuf-PB
Iracema Martins Pompermayer – Sinpojufes-ES
Denis Lopes de Souza – Sisejufe-RJ
Fátima Maria de Araújo Arantes – Sindjus-DF
Jacqueline Silva de Albuquerque – Sintrajuf-PE
Ana Luiza de Figueiredo Gomes – Sintrajud-SP
Hebe-Del Kader Batista Bicalho – Sitraemg-MG
Joaquim José Teixeira Castrillon – Sindiquinze-SP
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