O Globo
OAB reprova 88% dos bacharéis, e 81 cursos não têm um só aprovado
(atualizado em 05/07/2011 às 09:01 h)
Entidade considera resultado reflexo do ensino jurídico no país
A maioria esmagadora dos formandos em Direito que fizeram a última edição do Exame de Ordem da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi reprovada. Dos 106.891 bacharéis inscritos, 88,2% não passaram na prova. Do total, apenas 12.534 candidatos foram aprovados, de acordo com a OAB. Ainda segundo o órgão, 81 das 610 faculdades brasileiras que submeteram estudantes de Direito ao exame não tiveram nenhum candidato aprovado.
- Isso é reflexo, infelizmente, do ensino jurídico do Brasil - disse o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, que decidiu enviar um ofício ao ministro da Educação, Fernando Haddad, sugerindo que essas faculdades sejam supervisionadas pelo ministério.
As instituições de ensino submetidas ao regime de supervisão do MEC têm seus índices de aprovação em exames de proficiência acompanhados e devem cumprir metas, sob pena de serem punidas com redução de vagas, suspensão de cursos e até fechamento do curso.
Na penúltima edição do exame, o índice de reprovação também foi altíssimo: 90%. Segundo a OAB, os candidatos que fazem a prova pela primeira vez ou estão no nono e décimo períodos da faculdade têm média de 25% de aprovação. Já os que realizam o exame pela segunda vez têm, em média, 7% de aprovação.
O MEC informou que 21 mil vagas foram cortadas em cursos de Direito que tiveram notas insatisfatórias na avaliação de 2009 e outras 11 mil no mês passado. O foco de atuação do MEC tem sido justamente os cursos de Direito.
Estudo feito pelo presidente da OAB com dados dos quatro exames que antecederam a última edição mostra que as 20 melhores instituições de ensino superior públicas aprovam, em média, entre 70% e 90% dos candidatos inscritos. Já as 20 piores instituições particulares aprovam entre 3% e 5%.
- Isso puxa para baixo o número de aprovações. Infelizmente, o maior número de estudantes está nas faculdades privadas - observou Ophir.
- Isso é reflexo, infelizmente, do ensino jurídico do Brasil - disse o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, que decidiu enviar um ofício ao ministro da Educação, Fernando Haddad, sugerindo que essas faculdades sejam supervisionadas pelo ministério.
As instituições de ensino submetidas ao regime de supervisão do MEC têm seus índices de aprovação em exames de proficiência acompanhados e devem cumprir metas, sob pena de serem punidas com redução de vagas, suspensão de cursos e até fechamento do curso.
Na penúltima edição do exame, o índice de reprovação também foi altíssimo: 90%. Segundo a OAB, os candidatos que fazem a prova pela primeira vez ou estão no nono e décimo períodos da faculdade têm média de 25% de aprovação. Já os que realizam o exame pela segunda vez têm, em média, 7% de aprovação.
O MEC informou que 21 mil vagas foram cortadas em cursos de Direito que tiveram notas insatisfatórias na avaliação de 2009 e outras 11 mil no mês passado. O foco de atuação do MEC tem sido justamente os cursos de Direito.
Estudo feito pelo presidente da OAB com dados dos quatro exames que antecederam a última edição mostra que as 20 melhores instituições de ensino superior públicas aprovam, em média, entre 70% e 90% dos candidatos inscritos. Já as 20 piores instituições particulares aprovam entre 3% e 5%.
- Isso puxa para baixo o número de aprovações. Infelizmente, o maior número de estudantes está nas faculdades privadas - observou Ophir.
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