segunda-feira, 4 de julho de 2011

Líder sem-terra é acusado de ameaçar juiz e oficial de justiça - Fonte Correio do Estado

Líder sem-terra é acusado de ameaçar juiz e oficial

A GAZETA NEWS 
03/07/2011 18h30
 


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Foto: A Gazeta News
Leocídio Munhol de Oliveira está sendo acusado de ameaçar várias pessoas de morte


O delegado titular de Polícia Civil de Iguatemi, Valter Guelssi, instaurou inquérito para apurar supostas ameaças de morte proferidas de dentro da cadeia por um líder de acampamento sem-terra contra o Juiz e um Oficial de Justiça da Comarca.

Leocídio Munhol de Oliveira, o “Léo”, de 32 anos, que segundo a polícia já responde a processo por dupla tentativa de homicídio, ameaça, desacato e desobediência a ordem judicial, foi preso no dia 20 de maio desse ano por posse ilegal de munição.

Na ocasião em vistoria na residência do acusado, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça, a Polícia Civil encontrou, dentro de uma mochila, oito munições calibre 38mm e cinco munições calibre 357, além de um refle de pressão, calibre 5,5 milímetros.

Dias ante da prisão Léo e outros dois líderes sem-terra já haviam sido indiciados sob acusação de desobediência a ordem judicial, desacato e ameaça contra um Oficial de Justiça.

Segundo a Polícia Civil, sem-terras ligados ao movimento liderado por Leocídio Munhol teriam montado acampamento na entrada da Fazenda Cachoeira Bonita em Iguatemi.

Ao notificar aos lideres sem-terra sobre um “interdito proibitório” assinado pelo Juiz Titular da Comarca local, Dr. Eduardo Lacerda Trevisan, determinando que o grupo deveria permanecer afastado pelo menos 200 metros da entrada da fazenda, o Oficial de Justiça, Kamel El Kadri teria sido ameaçado pelos lideres do grupo, inclusive por Léo, que teria dito que “ordem judicial não tinha valor algum” perante seu movimento, um dos motivos que legou a instauração de um procedimento contra os acusados por desacato e desobediência a ordem judicial.

O grupo deixou a frente da citada fazenda na manhã do dia 20 de maio, após uma operação policial montada pela Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) de Mato Grosso do Sul para o cumprimento da determinação judicial.

Ameaças contra o magistrado

A ameaça contra o magistrado e contra o Oficial de Justiça, Kamel El Kadri, chegou ao conhecimento de Dr. Eduardo Trevisan através de outros presos e imediatamente o Juiz determinou a Polícia Civil a instauração de procedimento para apurar o caso.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Dr. Valter Guelssi, nas ameaças, que inclusive teriam sido presenciadas pelo vice-prefeito do município de Iguatemi, Darci Thielle, Leocídio Munhol de Oliveira dizia que quanto saísse da cadeia “iria apagar umas seis pessoas”, entre elas o Juiz de Direito da Comarca, Eduardo Lacerda Trevisan e o Oficial de Justiça Kamel El Kadri.

A dupla tentativa de homicídio

Em relação a dupla tentativa de homicídio à qual Leocídio Munhol, o “Leo”, responde, segundo a Polícia Civil de Iguatemi, ocorreu quando o líder sem-terra trabalhava como vigia noturno na cidade e atirou contra dois jovens.

Segundo o delegado os rapazes chegaram a ser atingidos pelos disparos, mas sobreviveram.

De acordo com a polícia, Léo poderá ser submetido a júri popular por esse crime, já que se trata de atentado contra a vida.
 

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