Greve: ATO NO STJ REÚNE QUATRO MIL
São poucas as categorias que completam 16 dias de greve e permanecem mobilizadas como está a nossa categoria. Numa demonstração de força, foi realizada na tarde de ontem (10/6), no STJ, um ato público que contou com a participação de cerca de quatro mil pessoas. Os manifestantes deram uma volta completa em todo o STJ, colorindo com bandeiras vermelhas o cerrado que fica em volta do prédio.
A passeata começou no estacionamento que fica atrás do STJ, passou na frente da entrada principal e terminou no mesmo local onde começou, totalizando um percurso de cerca de dois quilômetros. Durante todo o trajeto, os manifestantes gritavam palavras de ordem convocando os demais colegas do STJ e do TST, que fica ao lado, a descerem para a rua. “De camarote não, a luta é aqui no chão!”, afirmavam.
Os participantes também apelavam para o presidente do STJ, ministro Cesar Asfor Rocha, pedindo que ele interceda na negociação em torno do projeto de lei 6613/09. “Oh! Presidente, negocia, e valorize a categoria!”, reivindicavam. Durante o percurso, um carro transportando um dos ministros do STJ teve de ficar esperando a passeata passar. Esse ministro pode perceber a unidade dos manifestantes que, de forma uníssona, gritavam “PCCR, já!”, por diversas vezes.
“Eu tenho muito orgulho de fazer parte dessa categoria, que depois de 16 dias de greve ainda continua com uma disposição como essa, o que nos faz acreditar que a vitória está próxima”, discursou, emocionado, o coordenador de Administração e Finanças do Sindjus Jailton Mangueira de Assis. Durante o ato ele pediu que os manifestantes fizessem um minuto de silêncio para agradecer a força demonstrada pelos servidores da Justiça e do MPU no Distrito Federal.
Informes – O coordenador-geral do Sindjus, Berilo Leão, deu os informes sobre as negociações que estão sendo realizadas no âmbito da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público e sobre a reunião realizada na noite de quarta-feira (9/6) entre os diretores-gerais dos tribunais superiores e o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, João Bernardo de Azevedo Bringel.
Nessa reunião, o diretor-geral do STF (Supremo Tribunal Federal), em nome do presidente do órgão, ministro Cezar Peluso, defendeu o PL 6613/09 da forma como foi apresentado na Câmara dos Deputados. Disse, porém, que aceitava negociar os prazos de implantação do reajustes. Numa posição até então inédita, João Bernardo concordou que a discussão em torno do aumento salarial se dê a partir do que está no PL 6613. Ele só pediu um prazo para consultar o ministro Paulo Bernardo quanto aos prazos de implantação.
“A palavra do João Bernardo já é um avanço em relação à posição anterior do governo, que se negava a negociar e agora já aceita discutir o reajuste tendo como base o PL 6613”, afirmou o coordenador-geral Berilo Leão. “Essa foi uma grande conquista da nossa luta, o que indica que vamos sair vitoriosos”, completou.
Uma nova reunião entre o diretor-geral do STF, Alcides Diniz, e o secretário-executivo João Bernardo está marcada para a próxima segunda-feira (14/6). Enquanto essa reunião não ocorre, a categoria continua em greve e mobilizada. Nesta sexta-feira (11/6), às 14h, haverá nova concentração na Praça dos Tribunais, em frente ao TSE . Na segunda-feira continuam os piquetes nas entradas dos órgãos e deve ser realizado um ato em frente ao STF, mas o local ainda não está definido. O importante é que a categoria continue firme e unida na mobilização.
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