quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mandado de despejo - Campeã Nacional, boxeadora Érica Camburão é despejada de sua casa - Fonte Regional On Line


Campeã Nacional, boxeadora Érica Camburão é despejada de sua casa


A pentacampeã brasileira de boxe, Érica Camburão, foi despejada de sua própria casa, com seu marido e dois filhos, ontem pela manhã, em Catanduva. O motivo do despejo é o atraso de 20 aluguéis, correspondentes a 1 ano e 8 meses, no valor de R$ 200.


Segundo a atleta, foi comunicada com antecedência sobre o despejo, mas não desocupou a casa, por não ter para onde ir.


“Fiquei desempregada por um tempo e o aluguel foi atrasando, hoje recebo apenas R$ 500 da Prefeitura e minha faculdade eles pagam, porém sem nenhum outro patrocínio, não é o suficiente para pagar as despesas”.


Erica ainda explicou que tentou renegociação com o proprietário da casa, mas segundo ela, ele exigiu que o valor fosse pago tudo de uma vez.


Segundo ela, deve os aluguéis desde setembro de 2009 e o proprietário alega que é desde janeiro. “Ele é advogado e está abusando de sua condição colocando no processo que devo mais, muitas vezes deixei de receber alguns recibos, ele tem nove recibos meus”, disse.


Durante o período de desemprego, a atleta afirmou ter pedido apoio em diversos veículos de comunicação em busca de patrocínio, mas nada conseguiu. Recebe apenas o valor de R$ 500 da Prefeitura e tinha uma renda de R$ 925 destinada do Governo Federal. Agora, ela está sem o benefício, pois o pagamento do governo é um contrato de 12 meses, enquanto atleta recebe títulos e após o período o contrato é encerrado e é aberto novas inscrições e os atletas serão selecionadas para receber o benefício em data indeterminada.


No momento Érica diz ter entrado em contato com a assessoria da Prefeitura, para solicitar uma ajuda, mas não teve resposta. Estava treinando pela manhã, quando foi comunicada do despejo, chegando em sua casa não apresentou resistência e por vontade própria tirou seus móveis e os colocou na calçada e sarjeta em frente sua casa.Um de seus pertences é seu saco de treino que foi colocado junto aos móveis. Maria Rita Aguilar Araújo, responsável pela Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Turismo (Smelt), não quis se pronunciar sobre o assunto.


Érica, entre lágrimas, desabafou: “É uma situação difícil, procuramos fazer tudo correto e no momento que fico desempregada, mesmo lutando sempre em campeonatos representando Catanduva, hoje não tenho nem para onde ir e nem sei como irei almoçar, pois meus móveis estão tudo aqui na rua”, disse.


O oficial de justiça, Nilton Glei Domingues, explicou que a moradora recebeu o comunicado de despejo 15 dias antes da ação. “Foi exposto esse prazo para que a família desocupasse o local, após prazo excedido foi decidido o despejo forçado”.


No período da manhã, o proprietário da casa esteve no local e causou um desentendimento verbal entre ele e Érica, e o oficial de justiça chamou a polícia para impedir agressão de partes. Porém nada de grave aconteceu. Após retirada dos móveis, um chaveiro foi chamado no local para mudar todas as fechaduras da residência. (Colaborou: Patrícia Santos).

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