sexta-feira, 19 de agosto de 2011

SOBRE PINGUÇOS E OUTROS ALIENADOS: NOTA NO JORNAL ESTADO DE S. PAULO DESPRESTIGIA JUSTIÇA DO TRABALHO - Fonte Sindiquinze

SOBRE PINGUÇOS E OUTROS ALIENADOS: NOTA NO JORNAL ESTADO DE S. PAULO DESPRESTIGIA JUSTIÇA DO TRABALHO

(17/08/2011 16:59:57)

Nota publicada na edição da última segunda-feira (15) do Jornal Estado de S. Paulo desprestigia a Justiça do Trabalho. No texto, o advogado Almir Pazzianotto Pinto compara as Varas trabalhistas com “botequins”.

Clique aqui para ler a notícia publicada pelo Estado de S. Paulo.

Confira a resposta da diretoria do Sindiquinze sobre a matéria:

SOBRE PINGUÇOS E OUTROS ALIENADOS

“Inicialmente, todo nosso respeito aos milhares de botequins existentes no país, fonte de emprego e de renda para muitas famílias, e ponto de encontro de trabalhadores de norte a sul. E toda nossa comiseração com os “pinguços”, ou alcoólatras, cujo problema de saúde afeta negativamente suas vidas e seus familiares. Não estamos a tratar disso aqui, mas de outros alienados, aqueles que, apesar de terem obrigação de saber do que falam, parecem ter se esquecido de seu passado...

No caderno de economia do Jornal O Estado de São Paulo desta segunda-feira, 15-08-2011, na página B-12, há nota dando conta do “exagero” que é a Justiça do Trabalho, e que acaba custando mais aos brasileiros do que aquilo que consegue executar dos devedores. Nessa nota há a declaração do Advogado Almir Pazzianotto Pinto, de que “não será criando novas varas que se vai resolver o problema, pois quanto mais botequim, mais pinguço, ou seja, a afluência aumenta.”

Tal declaração partindo de um advogado seria absurda, descabida. Mas partiu de um advogado que foi Ministro do Trabalho, Ministro e Presidente do TST e Presidente do CSJT. 

E que foi também advogado do Sindicato dos Metalúrgicos De São Bernardo do Campo na década de 70, no auge da luta dos trabalhadores, donde surgiu, dentre outros, Lula.

Talvez seja preciso explicar ao Dr Almir que a Justiça do Trabalho não cria os conflitos, resolve aqueles que a ela chegam. Talvez seja preciso lembrar ao Dr Almir que inúmeros trabalhadores não recorrem ao judiciário pela dificuldade de acesso físico, pois há locais distantes das varas neste país continental. Talvez seja bom aclarar ao Dr Almir que, apesar do respeito aos botequins, aqui somos trabalhadores especializados tentando dar rapidez e efetividade à solução dos conflitos trabalhistas. Certamente é oportuno informar ao Dr. Almir que uma maneira de diminuir a quantidade de processos no país seria fechando todos os fóruns, de todas as justiças, e deixar que a população resolvesse suas diferenças por seus próprios meios, mas que provavelmente o que se veria seria a barbárie, o caos social.

Que o Estadão, notório defensor dos ricos e poderosos, pretenda defender os maus patrões propondo a diminuição da justiça do trabalho, nenhuma surpresa. Ele está no seu mister, de defender aqueles que lhe compram as notícias. Mas que o embasamento jurídico parta de quem partiu, é desanimador. Que dias difíceis. Falta agora o TST ou algum TRT homenagear o autor das infelizes declarações, seria a cereja do bolo".

SINDIQUINZE: RESPEITO COM OS SERVIDORES

do Sindiquinze, Caroline P. Colombo

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