terça-feira, 15 de junho de 2010

Palavra da Presidência aos servidores da Justiça do Trabalho

Palavra da Presidência aos servidores da Justiça do Trabalho

PALAVRA DA PRESIDÊNCIA

Aos servidores da Justiça do Trabalho

A Presidência do Tribunal nunca pretendeu o confronto com os grevistas e PRINCIPALMENTE COM OS SERVIDORES EM GERAL, aos quais deve respeito e gratidão pelos serviços que prestam. Entretanto, não pode deixar que permaneça indefinidamente um movimento que pode e deve ser tratado através do diálogo permanente com as autoridades constituídas e competentes para a solução daquilo que entendem ser de direito.

A Presidência sempre esteve à disposição para conversações, recebendo por várias vezes o “Comando da Greve” em seu gabinete, pessoalmente ou por comissão designada, como atestam as próprias notícias veiculadas nos folhetos de greve. Inclusive, atendendo a pedidos, publicou o primeiro Ato, esperando que fossem cumpridas as promessas feitas por eles na oportunidade - o que não ocorreu. Ao contrário: incentivaram mais e mais a greve, publicando novas e maciças adesões, alegando que isso era apenas estratégia psicológica para motivar mais o movimento grevista. Chegaram mesmo a exibir “cartilha” com técnicas de motivação de greve que, segundo justificam, deve ocorrer a cada quatro anos, durante eleições presidenciais!

A Presidência, após aguardar por mais de quinze dias e notar o recrudescimento da greve, sendo acuada por todos os lados, principalmente pelos jurisdicionados - nossos verdadeiros “patrões” - e advogados, que chegaram a representar perante o CNJ, não teve outra opção senão emitir o último Ato, para por fim ao movimento.

A Presidência está seguindo a mesma linha de outros tribunais, inclusive do Tribunal Superior do Trabalho e do Superior Tribunal de Justiça.

A Presidência, mais uma vez, apela para o bom senso e pela alta compreensão crítica de bem servir ao público, que é tradição na Justiça do Trabalho e principalmente em nosso Tribunal, não se deixando convencer por palavras de ordem que possam levar à “desordem pública”. Servidores: levem em consideração a função pública que desempenham, que é essencialmente social. Pensem nos jurisdicionados, que aguardam uma resposta do Judiciário. Coloquem-se no lugar deles e decidam.

DECIO SEBASTIÃO DAIDONE

Desembargador Presidente do Tribunal

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