quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Dilma e Serra: falsa polarização; luta pelo PCS não pode esperar 2º turno - Fonte Sintrajud



Dilma e Serra: falsa polarização; luta pelo PCS não pode esperar 2º turno


Os dois candidatos são de partidos que votaram a favor do projeto 549/09, uqe congela o salário do funcionalismo




Dilma (PT/PMDB) e Serra (PSDB/DEM) vão disputar o segundo turno das eleições. Os partidos são diferentes, mas a política é a mesma. Independente de quem sairá vitorioso no segundo turno, esse resultado demonstra que os grandes empresários, banqueiros e latifundiários continuarão mandando no país. Marina (PV), que também teve uma votação expressiva, se eleita, não tinha como projeto romper com o grande capital e até o momento não definiu quem irá apoiar. Dilma, Serra e Marina tiveram 46,9%, 32,6% 19,4% dos votos válidos, respectivamente.


Mais uma vez venceu o poder econômico, em uma eleição que já é considerada a mais cara da história – segundo o jornal Valor Econômico -, com uma movimentação financeira que pode chegar 15 bilhões de reais. Mas isso está longe de representar um envolvimento maior da população no processo eleitoral. Ao contrário, para o ex-diretor do Sintrajud e candidato a uma vaga na Câmara dos Deputados, Adilson Rodrigues, do PSOL, essa foi a eleição “mais fria e alienante” que participou, desde o fim da ditadura militar.


Sem grandes recursos financeiros, os partidos de esquerda desde o início foram preteridos pela mídia. Apoiados em sua militância, o PSOL, PSTU e PCB eram visivelmente boicotados pela imprensa e excluídos dos debates. Após recorrer judicialmente, o PSOL ainda conseguiu furar alguns bloqueios midiáticos, mas era evidente de que lado estava a chamada “grande imprensa”.


Reforçar a luta pelo PCS e contra o congelamento salarial


Para os servidores, o segundo turno é um período de se intensificar a luta em defesa do PCS e contra o congelamento salarial. Para a diretora do Sintrajud e ex-candidata ao Senado pelo PSTU, Ana Luiza Figueiredo, nessa eleição prevaleceu o poder econômico. “Os dois candidatos representam um projeto ruim para o funcionalismo e os trabalhadores em geral. São candidatos de partidos que estão ou estiveram no poder e só governaram para os ricos. Portanto, a hora de retomar a greve pelo PCS e contra o congelamento. Não devemos esperar o segundo turno para ir à luta por nossos direito”, ressaltou.


Ana Luiza aproveitou para agradecer os 109.415 votos recebidos na disputa pelo Senado. “Quero agradecer a todos as companheiras e companheiros que acreditaram na nossa candidatura e estiveram conosco em mais essa batalha. Vamos continuar na luta com a categoria contra os ataques aos nossos direitos e por melhores condições de vida e de trabalho”, afirmou.


O ex-diretor do Sintrajud Adilson Rodrigues também agradeceu os votos recebidos (2845). Para ele, a grande maioria desses votos veio da categoria. “Sinto-me honrado pela confiança depositada. Nossos votos ajudaram a compor um percentual para eleger um representante no Congresso, deputado federal Ivan Valente (PSOL), que com certeza estará à frente da trincheira defendendo nossos direitos e dos trabalhadores em geral”.


Assim como Ana Luiza, Adilson também não vê diferença entre as duas candidaturas que estão disputando o segundo turno. “O PSDB é o representante mor da classe dominante e há também o representante dissimulado desse mesmo capital que é o petismo. Por isso, independente do que sair das urnas não estará a serviço da classe trabalhadora”, disse.


Segundo Adilson, agora é preciso avançar na mobilização. “Se quiser conquistar o PCS e barrar o congelamento de salário o servidor terá que atender o chamado do Sindicato e retomar a luta. Não podemos aceitar que o governo continue empurrando nosso projeto com a barriga”, concluiu.

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