terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A Burocracia dos Poderes (I). - Fonte AOJESP

A Burocracia dos Poderes (I).

Primeira parte de um artigo de Yvone Barreiros analisa a burocracia dos Poderes, como um monstro voltado cada vez mais para seus interesses corporativos enquanto prosperam os gananciosos sem escrúpulos à custa de milhões de pobres brasileiros. Um monstro que consegue entrelaçar interesses mil para a manutenção de poucos no poder, todos com garantias e segurança máxima, cada qual por muitas gerações.


Por Yvone Barreiros Moreira – Presidente da AOJESP

Está comprovado que nos três poderes, a atenção dos dirigentes, ou seja, dos presidentes dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo está voltada para a Instituição, para o Órgão. Indiferentes aos problemas reais entre os servidores públicos que carregam a pesada máquina da administração pública nas costas.

No Título IV, da organização dos poderes a Constituição Federal comprova o trabalho artesanal dos três poderes conluiados entre si. Esta realidade, entretanto, não retira a eficiência daqueles que conseguiram entrelaçar interesses mil para a manutenção de poucos no poder, todos com garantias e segurança máxima, cada qual por muitas gerações. Estamos falando, portanto, que no Título IV da Carta Magna que tece mecanismos e instrumentos de defesa por intermédio de instituições que chamam “democráticas”. A seguir, temos dezenas e dezenas de emendas constitucionais que, obviamente, retiram e acrescentam direitos que atingem a população, sem ao menos os seus cidadãos terem noção de tudo que é tramado nos bastidores dos poderes. 

O cidadão e a cidadã que trabalham diuturnamente para a simples sobrevivência não têm tempo para ampliar os seus conhecimentos e acabam depositando suas esperanças nas autoridades, cuja maioria, quando chega à cúpula do “Poder”, muda até os gestos, a postura física e outros, até de caráter. O povão que se dane, os cidadãos idem. Tudo isso somado àqueles particulares que também galgaram o poder adquirindo e invadindo terras, sendo desonestos e ladrões do comércio, empresários, industriais, empresários da religião, banqueiros sem escrúpulos, todos bem relacionados com os três poderes, parasitas das verbas públicas, temos este país chamado Brasil. 

Para deteriorar a nossa sociedade vem o tempero do fanatismo religioso que desenvolve uma espécie de loucura no cérebro de pessoas simples que buscam solucionar os seus problemas em cultos administrados por bandidos e marginais da fé que arrecadam o dinheiro suado do trabalhador, retira-o do país e guarda nas ilhas Cayman, USA, Suíça e outros paraísos fiscais. 

O mesmo ocorre com muitos latifundiários, empresários do agronegócio, responsáveis por uma evasão de dinheiro brasileiro para outros países. Geralmente, este tipo de pessoa adora Miami e Orlando, investem em imóveis para ostentar status. Enquanto isso, temos milhões de pobres em nosso país. Esta indignação foi motivada por uma decisão da 16ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo em que remete o processo para ser julgado pela Justiça Federal, por se tratar de lavagem de dinheiro, caráter transnacional. Tal modalidade de crime, praticado contra pessoas simples, ingênuos, crédulos e sofredores deveria ser julgada imediatamente pelo Poder Judiciário estadual, eis que este mal está alastrado em todos os estados do Brasil.

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