segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Se até os federais estão reclamando, imagina a situação do Judiciário Paulista? - Fonte Aojesp

Se até os federais estão reclamando, imagina a situação do Judiciário Paulista?

Migração de servidores do Judiciário para outros Poderes preocupa gestores.
Notícia publicada no jornal Correio Brasiliense afirma que migração de servidores do Judiciário para outros Poderes preocupa gestores. Os baixos salários fazem com que os funcionários sigam estudando para outros concursos, e, quando aprovados, abandonem o Judiciário. “Levantamento do STF aponta que o salário inicial em carreiras do Executivo pode chegar a R$ 14,9 mil; no Legislativo, a R$ 26 mil; enquanto no Judiciário, o inicial máximo é de R$ 10,2 mil”, diz o texto. 

Em instância estadual, esses salários são ainda menores. Por isso, muitos servidores do Judiciário paulista estão migrando para a Justiça Federal, como o fez uma das associadas da AOJESP. De acordo com o Comunicado SGRH Nº 103/2011, publicado em 11 de janeiro de 2011, o vencimento inicial de um Oficial de Justiça estadual é de R$ 3.395,48, enquanto um Oficial de Justiça Federal inicia com vencimentos superiores a R$ 6 mil, conforme tabela de remuneração da publicado no portal da Justiça Federal.

Veja matéria do Correio Brasiliense na íntegra:

Migração de servidores do Judiciário para outros Poderes preocupa gestores
Agência Brasil

Publicação: 25/01/2011 19:46 Atualização:
A demora na aprovação do reajuste para servidores do Judiciário está preocupando gestores devido à constante evasão de funcionários. Segundo levantamento feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF), entre as 186 vagas que surgiram de maio de 2008 a dezembro de 2010 no tribunal devido à rotatividade, 139 foram motivadas pela preferência do servidor por tomar posse em outro cargo público.

Um dos principais argumentos dos gestores do Judiciário para explicar a evasão é a diferença entre os salários iniciais nas carreiras dos Três Poderes. Levantamento do STF aponta que o salário inicial em carreiras do Executivo pode chegar a R$ 14,9 mil; no Legislativo, a R$ 26 mil; enquanto no Judiciário, o inicial máximo é de R$ 10,2 mil. “As pessoas saem porque passam em outro concurso público e não veem a motivação para continuar no Judiciário”, afirma o diretor-geral do STF, Alcides Diniz.

As principais baixas medidas no levantamento do STF estão na área de informática. Nas áreas de sistemas de informação e tecnologia da informação, a preferência por outro cargo público motivou 100% das vacâncias por rotatividade, resultando na baixa de 37 servidores. As baixas acontecem no momento em que o STF investe forte na implantação do sistema de digitalização de processos e integração entre sistemas de tribunais: somente neste ano, R$ 10,8 milhões do orçamento proposto pelo Tribunal são para este fim.

O levantamento ainda aponta que no cargo de analista judiciário, da área administrativa, das 10 vagas que surgiram no STF no período, sete foram motivadas pela saída de servidores para ocupar o mesmo nível em outros Poderes: um dos servidores foi para o Ministério do Planejamento, um para o Tribunal de Contas da União, dois para o Senado Federal, um para agência reguladora, um para a Câmara dos Deputados e um para a Secretaria do Tesouro Nacional.

“A presidente Dilma tem se mostrado uma boa gestora, e, com certeza, levará em consideração esta evasão de servidores que está acontecendo no Judiciário ao retomarmos as negociações sobre o reajuste”, avalia Diniz.


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