segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Oficiais de Justiça de São Paulo convidam os colegas dos 27 Estados do Brasil para cerrar fileiras em torno de seus legítimos direitos - Fonte Aojesp


Oficial de Justiça: “Longa Manus” do Juiz-Estado ou do Juiz-Nação?





Para Yvone Barreiros, o individualismo, o imediatismo, o servilismo e o temor reverencial terão de ser extirpados do nosso vocabulário e das mentes, substituindo-os pela altivez, dignidade e garra para a ação de construir uma sociedade melhor onde exista a verdadeira Justiça.

                                               
O Oficial de Justiça é um funcionário imprescindível ao Poder Judiciário. Sem o tripé Juiz, Advogado, Oficial de Justiça e servidores do Judiciário não existe Direito aplicado e Justiça realizada. Em qualquer ponto deste país, brasileiros anseiam por Justiça que, para ser executada, utiliza-se da “longa manus” do Juiz. Por esta Pátria imensa, lá vai o Oficial de Justiça nas travessias.
De barco, canoa, a pé, a cavalo, de ônibus, de metrô, de carona, de carro, enfrentando as intempéries, as estradas de terra, adentrando as favelas, os casebres, as choupanas, os cortiços, as casas, nacionais e multinacionais, os Departamentos de Estado, autarquias e Palácios de Governo. Lá vai ele, o braço estendido do Estado e da Lei, esta última muitas vezes confusa, manipulada, dura e injusta. Lá vai o Oficial que vai se tornando um especialista em problemas sociais, tendo, muitas vezes, que agredir sua consciência para bem cumprir o seu mister.



Quando tem a oportunidade lá vai ele freqüentar um curso universitário e geralmente Faculdade de Direito. Sua esperança será: prestar um concurso público. Será Juiz, Promotor, Procurador do Estado, do Município? Delegado de Polícia? Professor? Pesquisador? Muitos chegam lá. Mas, a maioria permanece na função, acreditando na Justiça, fiel ao Poder Judiciário. Apesar de muitas vezes, colocar sua integridade física em risco, lá vai ele vivendo de idealismo e, muitos, resignadamente. Mas, temos a certeza de que um dia chegará em que os Oficiais de Justiça, homem ou mulher, renunciarão à tradição de simples meirinhos e atingirão o alto grau de merecimento.

Concretizando a valorização profissional, provando serem eles cidadãos ativos e construtores de uma sociedade mais justa. Sem o Oficial de Justiça, a Justiça não se realiza em sua integralidade. Sem o Oficial de Justiça, o Direito e a Lei não se concretizam. Dia virá em que todos os Oficiais de Justiça, num processo de interação, terão seus sindicatos fortes para, UNIDOS, galgarem uma condição funcional respeitável, pois, apesar dos pesares e da lei, ainda acreditamos na Justiça. 

Pautada nestas considerações é que a comissão reformou o presente estatuto tudo fazendo para democratizá-lo, abrindo espaço para a participação de todos, inclusive na  direção da AOJESP, procurando erradicar o tradicional paternalismo na Entidade de Classe, demonstrando que somente a coesão de TODOS OS OFICIAIS DE JUSTIÇA resolverá as dificuldades comuns. O individualismo, o imediatismo, o servilismo e o temor reverencial terão de ser extirpados do nosso vocabulário e das mentes, substituindo-os pela altivez, dignidade e garra para a ação de construir uma sociedade melhor onde exista a verdadeira Justiça. 

São Paulo, 07 de fevereiro de 2011

YVONE BARREIROS MOREIRA
Presidente da AOJESP
Advogada, Pós graduada em 
Filosofia do Direito e Comunicação Social

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