quinta-feira, 4 de agosto de 2011

SOMOS REFÉNS DOS BANCOS E DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ATÉ QUANDO? - Fonte Aojesp

SOMOS REFÉNS DOS BANCOS E DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ATÉ QUANDO?

Oficial de Justiça aposentado se revolta contra atos desumanos do TJ-SP e Banco do Brasil.

Por: Oficial de Justiça aposentado José Roberto Miranda Rocha



Sra. Presidenta da Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de São Paulo. 

Eu, José Roberto Miranda Rocha, Oficial de Justiça aposentado, associado desta associação, venho pela presente expor a minha situação aflitiva em que me encontro e também minha revolta contra o Tribunal de Justiça deste Estado e também contra o Banco do Brasil. 

Encontro-me em situação financeira precária que teve seu começo por volta de 2.005, quando foi constatado que minha mulher tinha contraído o mal de câncer. Daí em diante começou o meu martírio. Para fazer frente as despesas, tive que recorrer a empréstimos bancário e nesta dança louca, fazia empréstimos para pagar empréstimos. Minha mulher faleceu vitima da doença em 2007 e um pouco antes deste desenlace. 

A Justiça, esta mesma Justiça que nega meus direitos, por força de ação para cobrança de divida impetrada contra mim, levou o único bem que eu tinha, ou seja, um carro velho que eu levava minha mulher ao médico e aos necessários tratamentos. Falecida minha mulher, fiquei como herança, as dividas contraídas com Banco do Brasil. O banco, agindo como a aranha faz com a mosca, sugou-me até a morte, descartando-me depois. 

Hoje, para efeito de recurso financeiro onde posso me recorrer junto as outras instituição bancárias, as portas estão fechadas porque eu e todos os funcionários deste tribunal, somos impedidos de usar tais recursos por imposição do tribunal e do referido banco. Não podemos procurar alternativas melhores porque somos reféns dos mencionados. Até quando? Estou prestes a perder a única moradia que tenho porque os impostos estão muito atrasados e não tenho recurso para resolver este problema. 

O poder público deve, inclusive, a nós, não nega e paga quando puder. E nós quando somos seus credores? Podemos fazer da mesma forma? Evidentemente que não!Com certeza se eu não pagar meus impostos atrasados, a prefeitura tomará minha única moradia. E Eu? Como fico? Na rua? 

Gostaria, Sra. Presidente, que intercedesse por mim junto ao Tribunal, para liberar o "FAM" que tenho direito no todo ou pelo menos na parte que desse para pagar meus impostos junto à prefeitura do meu domicilio. Ainda que tal recurso fosse encaminhado diretamente à prefeitura credora. 

Como disse, não tenho mais onde recorrer, pois o referido banco fechou todas as portas para mim, impedindo-me valer de outras fontes de crédito. Gostaria de saber se essa tutela do Tribunal e do banco é legal ou é ilegal. Será que não posso me valer de outras fontes de crédito que sejam mais vantajosas do que o aludido banco me oferece? Desculpe-me o desabafo, porém precisava fazê-lo. Estou desalentado. Tenho 69 anos e pouco a esperar da vida.

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